Texto: Pablo Aversa.
Extraído de:
http://room4d.wordpress.com/2013/01/02/ano-novovida-nova-o-quanto-voce-anda-revelando-sobre-si/?goback=.gde_44455_member_200654776
Ano Novo, Vida Nova: O quanto você anda revelando sobre si?
Janeiro 2, 2013
As
relações pessoais são um toma lá da cá. Gentileza gera gentileza e
frieza gera frieza. Nós recebemos tudo na mesma moeda. A forma como você
se abre com os demais é um ingrediente inerente à qualquer função que
envolva interações contínuas (tal qual “gestão de pessoas” e “trabalhar
em equipe”). Tenho a impressão que muitos executivos acreditam que
manter uma distância adequada dos subordinados diretos é a prática
correta. O interessante é que a idéia deles sobre o que é “distância
adequada”, geralmente, corresponde à “distante” e “longe à beça”. No
entanto, uma relação equilibrada entre negócios e o lado pessoal é o
que, sem dúvida, funciona melhor. Sempre. Afinal ninguém consegue se
relacionar bem com uma pessoa fria durante muito tempo.
Nossa capacidade de se abrir oferece aos demais uma idéia sobre como
pensamos e os auxilia a nos interpretarem melhor. E tem mais: quando nos
abrimos, os outros acompanham nosso movimento e se abrem também.
Abertura gera abertura. Isso amplia o leque de possibilidades nas
relações, proporcionando um nível de colaboração mais profundo. Quase
todos os relacionamentos profissionais se beneficiam de uma razoável
abertura pessoal, portanto, pergunto: não é hora de revisar seu estilo?
Pois bem, para facilitar tal desafio, compartilho 10 dicas para
desenvolver esta habilidade interpessoal, alavancando sua capacidade de
ser aberto e receptivo em 2013:
- Revele seletivamente quem você é. Não sabe por onde começar?
Veja, as pessoas querem saber os motivos que o levam a fazer o que faz; o
que pensa de si mesmo; informações que você sabe sobre o que está
rolando na empresa (as quais tem liberdade de divulgar e que elas
desconhecem); coisas positivas e/ou momentos embaraçosos pelos quais
passou; comentários sobre o que está acontecendo ao seu redor (sem ser
muito negativo sobre os outros) e, ainda, seus interesses fora do
trabalho. Essas são as áreas sobre as quais deveria aprender a ser mais
transparente, revelando mais do que atualmente você se permite.
- Divulgue o que considera de baixo risco. Comece com três
coisas sobre as quais pode falar com qualquer um sem correr o risco de
se sentir desconfortável quanto à sua abertura pessoal. Que tal o tema
férias? Ou hobbies? Ou seus interesses empresariais? Ou seu ponto
de vista sobre um assunto de negócios? Ou filhos? Decida quais são
essas três coisas e esforce-se para tocar no assunto em algumas de suas
interações com aqueles com quem anteriormente só mantinha um intercâmbio
estritamente profissional. Observe a reação. Elas também compartilharam
alguma coisa na primeira vez? Pois bem, geralmente é isso o que
acontece. E é exatamente isso que quer, certo? Dentro dos limites,
quanto mais souberem um sobre o outro, melhor será a relação
profissional. Acredite.
- Amplie o leque de assuntos com os colegas para além do trabalho. Saiba quais são os interesses dos demais, se têm filhos ou outro assunto sobre o qual podem conversar além do tradicional clima ou o placar dos jogos deste fim de semana.
- Detecte e observe quem sabe fazer. Sobre o quê alguém que
revela muito mais do que você, e que sabe fazê-lo muito bem, conversa?
Qual o tipo de informações pessoais que ela revela? Em que situações ela
revela? Muito bem, parta agora para uma pessoa que revela muito menos
do que você e me diga: com qual dessas duas pessoas você trabalha
melhor?
- Pratique com desconhecidos. Seu objetivo é revelar alguma
coisa sobre si mesmo que geralmente não revelaria num ambiente
profissional (experimente num avião ou numa reunião social). Veja então o
quanto consegue fazer com que o outro revele. Teste os limites sem
provocar irritação no outro. Quanto mais ele revelar, mais você
revelará. Depois de cada evento, pergunte-se: “como me sinto?”. Como
estas informações adicionais sobre aquela pessoa contribuíram para esse
relacionamento temporário? Ficaria mais fácil trabalhar com essa pessoa,
agora que tem alguns dados pessoais dela?
- Revele pontos fortes e fracos. Uma transparência pessoal mais profunda inclui falar sobre sua autoavaliação. Isso requer que fale sobre
pontos fortes, pontos fracos, limitações e crenças. As pessoas ficam
mais confortáveis com quem se expõe razoavelmente. O mais engraçado
sobre revelar o que pensa de si mesmo é que a maioria das pessoas ao seu
redor já sabe o que você vai falar! Se disser “Não sou a pessoa mais
organizada do mundo”, grande parte (senão todos) vai sorrir pois sofre
na pele as consequências de sua desorganização. Porém, mencionar
brevemente esse seu problema, ou uma crença que possue, ajudará cada uma
delas a se sentir mais à vontade. Isso mostra que elas não estão
sozinhas e que você também tem as mesmas oportunidades e as mesmas
preocupações.
- Não hesite: revele seus erros. Aprenda a ficar mais à vontade
para admitir seus erros. Isso o torna mais humano e também estabelece
uma ciclo de aprendizado sobre nossas inevitáveis desvantagens. As
pessoas que se saem melhor ao lidar com os seu próprios erros geralmente
fazem o seguinte: 1) falam sobre seus erros da maneira mais trivial
possível; 2) Mencionam o erro e informam todos aqueles cujas
consequências poderiam afetá-los; 3) Reconhecem publicamente o erro,
caso necessário; 4) Demonstram que aprenderam a lição e que o erro não
se repetirá; 5) Seguem em frente (ou seja, não discorrem longamente
sobre o assunto).
- Esclareça o raciocínio por detrás dos valores que sustenta.
Ao revelar suas crenças ou posturas que refletem seus valores, explique
porque tem determinada crença. Dê motivos ao invés de somente afirmar
suas convicções. As afirmações interrompem o debate e o fazem parecer
rígido ou simplista. Convicções abruptas são absolutas, portanto
restritivas. Não existe uma resposta para “nunca contrate um amigo”,
exceto rejeitar o ponto de vista revelado. Por outro lado, dizer “Eu
tive que demitir uma pessoa uma vez; essa foi a situação, esses os meus
motivos, o que tentei fazer para ajudar e o que aprendi com isso” apóia
suas convicções. Afirmar acaba se parecendo com um veredito – “Nunca
contrate um amigo”. Tente começar com afirmações relativamente
moderadas, tais como “Isso me fez questionar se é uma boa idéia
contratar um amigo”. Essa é uma revelação contrutiva pois gera debate e
pode até levá-lo a alguns insights (sob quais condições um amigo deve ou não ser contratado).
- Encontre seu estilo de revelar. Tente equilibrar sua
revelação com o que o outro está pronto para ouvir. Comece com uma
revelação simples e breve. O que o outro fez? Se não reagiu à sua
revelação, talve a situação ou o ambiente não sejam propícios. Se ele
reconheceu sua transparência e contribuiu com sua própria revelação,
então pode revelar algo mais. Verifique sempre se a platéia quer mais.
- Não se esqueça dos limites. Evite revelar demais pois é
provável que isso seja pior do que nada revelar. Imponha-se limites.
Geralmente assuntos como política e religião são arriscados. Piadas
inadequadas ou que humilhem grupos étnicos (ou gênero) também não são
bons pontos de partida (além de que podem gerar processos judiciais).
Também existem divulgações que podem ser feitas para determinadas
pessoas mas não para outras, já que nem todo mundo sabe ser discreto. E
atenção: cuidado ao colocar alguém no papel de conselheiro e acabar
falando demais sobre uma determinada questão. Logo no começo do processo
de transparência, geralmente é melhor seguir a deixa dos outros e
revelar tanto quanto eles. Esteja atento.
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